Concreto, luz e água
O Centro de
Artes Chateau La Coste, projetado por Tadao Ando em Aix-en-Provence, na França, e o Museu Lee
Ufan, na ilha de Naoshima, próximo de Osaka, onde Ando nasceu e mantém
escritório desde 1969, são parte de um conjunto de edificações, enquanto
o alemão Museu da Escultura de Pedra é obra isolada.
Durante os dois dias em que esteve na Itália, em abril, Tadao Ando
inaugurou uma exposição de seus projetos recentes de museus e lançou
duas peças de design - uma cadeira e uma luminária - em Milão, além de
ministrar aula magna na Universidade de Bolonha, onde abordou o tema
responsabilidade da arquitetura. Foi um exemplo da agenda rotineira do
arquiteto japonês, que costuma inserir conversas com estudantes nas cada
vez mais frequentes viagens, já que 80% de seus trabalhos estão sendo
desenvolvidos fora do Japão.
Acompanhamos a intensa jornada do arquiteto japonês numa quinta-feira fria e chuvosa na cidade de Milão, quando ele nos relatou que - antigo boxeador - é na atividade física diária e no trato com pessoas de ideia que encontra energia para enfrentar o cansativo cotidiano. Admirador de Oscar Niemeyer, Tadao Ando tem planos para trazer exposição sobre seus projetos ao Brasil, numa viagem que seria para ele um desafio.
Da ínfima parcela de encomendas que aceita anualmente, entre as cerca de cem que recebe, o centralizador arquiteto agraciado com o Pritzker de 1995 comanda, desde a sala aberta e central no prédio de cinco andares em Osaka, um a um dos elementos do fluxo cotidiano de trabalho do seu escritório. O que inclui projetos editoriais e também exposições como a que apresentou na galeria subterrânea da loja Duvetica - o mais recente projeto de Tadao Ando na Europa, inaugurado em 2011 -, sobre seus museus inaugurados nesta segunda metade da primeira década do século 21. Arquiteturas da nova era, embora marcadas pela transcendência atemporal do sagrado e do belo na obra de Ando.
Acompanhamos a intensa jornada do arquiteto japonês numa quinta-feira fria e chuvosa na cidade de Milão, quando ele nos relatou que - antigo boxeador - é na atividade física diária e no trato com pessoas de ideia que encontra energia para enfrentar o cansativo cotidiano. Admirador de Oscar Niemeyer, Tadao Ando tem planos para trazer exposição sobre seus projetos ao Brasil, numa viagem que seria para ele um desafio.
Da ínfima parcela de encomendas que aceita anualmente, entre as cerca de cem que recebe, o centralizador arquiteto agraciado com o Pritzker de 1995 comanda, desde a sala aberta e central no prédio de cinco andares em Osaka, um a um dos elementos do fluxo cotidiano de trabalho do seu escritório. O que inclui projetos editoriais e também exposições como a que apresentou na galeria subterrânea da loja Duvetica - o mais recente projeto de Tadao Ando na Europa, inaugurado em 2011 -, sobre seus museus inaugurados nesta segunda metade da primeira década do século 21. Arquiteturas da nova era, embora marcadas pela transcendência atemporal do sagrado e do belo na obra de Ando.
Centro de Artes Chateau La Coste
Aix-en-Provence, França - 1998/2011
Vista da galeria do Centro de Artes Chateau La Coste, na França, na perspectiva do lago
Emersão do pavilhão francês
Espécie de Inhotim francês, este centro de artes
faz parte das atrações arquitetônicas e artísticas da Vinícola Chateau
La Coste, propriedade do investidor irlandês Paddy Mckillen localizada
no sul da França. Além desta obra, da capela e do master plan
desenvolvidos por Tadao Ando, o complexo conta ainda com edificações de
Frank Gehry (teatro aberto) e Jean Nouvel (vinícola). Norman Foster e
Renzo Piano deverão também imprimir sua marca no conjunto de La Coste.
Além do centro de artes, Tadao Ando concebeu para o Chateau La
Coste outras duas edificações - uma capela e um pavilhão para abrigar
uma mostra permanente sobre o meio ambiente - e, antes disso, o master
plan que orientou a transformação da vinícola oitocentista em parque
privativo, onde se exibem obras de arte.
Algumas delas estão localizadas ao ar livre, como a escultura de Louise Bourgeois que ornamenta o lago que Ando fez surgir em frente à sua galeria e a obra criada pelo brasileiro Tunga.
Uma espécie de Inhotim da Provença, a promoção da arquitetura estrelada é levada a sério no Chateau La Coste. Ele conta ainda com edificações desenhadas por Jean Nouvel (vinícola) e Frank Gehry (teatro aberto) - interlocutores de Ando nos anos 1980, conforme assinalado pelo japonês na entrevista publicada nesta edição -, mas deverá hospedar ainda, em seus 190 hectares, projetos de Norman Foster, Renzo Piano e Sou Fujimoto.
Algumas delas estão localizadas ao ar livre, como a escultura de Louise Bourgeois que ornamenta o lago que Ando fez surgir em frente à sua galeria e a obra criada pelo brasileiro Tunga.
Uma espécie de Inhotim da Provença, a promoção da arquitetura estrelada é levada a sério no Chateau La Coste. Ele conta ainda com edificações desenhadas por Jean Nouvel (vinícola) e Frank Gehry (teatro aberto) - interlocutores de Ando nos anos 1980, conforme assinalado pelo japonês na entrevista publicada nesta edição -, mas deverá hospedar ainda, em seus 190 hectares, projetos de Norman Foster, Renzo Piano e Sou Fujimoto.
A galeria de acesso e a de exposições se ligam em ângulo oblíquo
Louise Bourgeois e Alexander Calder (obra na foto) são os autores das esculturas que envolvem a edificação